Criacionismo X Evolucionismo
Tanto a teoria do criacionismo, quanto a do evolucionismo foram criadas para explicar a origem da vida e também a evolução humana. Mas, ambas são diferentes por uma ser apoiada na fé ou nas crenças e a outra baseada em experimentos e pesquisas científicas.
A teoria do evolucionismo está apoiada essencialmente em Lamark e Darwin, mas foi estudada por diversos cientistas. Ela surgiu para explicar as alterações que as diferentes espécies de seres vivos sofreram com o passar do tempo, na sua relação com o ambiente que vivem.
Charles Darwin é um dos principais cientistas que estudou sobre a evolução dos seres vivos, publicando um livro chamado de ‘A Origem das Espécies’, de 1859. Sua obra foi criada em viagens que ele realizou em várias partes do mundo, onde verificou que dependendo do local em que estavam, espécies adquiriam características diferentes. Ele acreditava que as espécies sobreviveram devido a uma seleção natural. Sua teoria foi aprofundada por outros cientistas.
Já a criacionista, é a teoria mais antiga de todas que afirma que os seres humanos foram criados por um ser superior. Muitas culturas e religiões acreditam nessa ideia, e além disso, é uma das que mais geram discussões entre os cientistas e religiosos que confiam nela.
Os teólogos acreditam que os seres humanos vieram de um ser supremo, Deus, que criou seres humanos perfeitos e semelhantes a Ele. As espécies de animais e vegetais foram inseridas por ele e se adaptaram ao ambiente sem sofrer evoluções.
De acordo com os textos bíblicos, Deus foi o criador de todas as espécies da Terra. A teoria da criação varia de acordo com o texto sagrado ou religião/cultura a que se refere, por exemplo, na Grécia Antiga, os gregos se apoiavam na ideia de que haviam um Caos, e dele nasceram Gaia (a terra) e Eros (o amor) e depois, Ébero (trevas) e outros elementos.
Teoria da Abiogênese
A Teoria da Geração Espontânea ou Abiogênese surgiu na Antiguidade. Ela era defendida por filósofos e cientistas que acreditavam que a vida surgia a partir de matéria orgânica, ou seja, matéria não viva. Quem apostava nesta teoria, acreditava que o lodo dos rios era o responsável pelo nascimento de sapos e até cobras.
Pensadores como Aristóteles, René Descastes e Isaac Newton se apoiaram na abiogênese para explicar a origem dos seres vivos.
Após o século XVIII, a abiogênese começou a ser questionada com maior ênfase, pois haviam pessoas que não acreditavam que os seres surgiram espontaneamente. Com os avanços da ciência, hipóteses puderem ser testadas e confirmadas, um exemplo disso, são os experimentos de Redi e Pasteur.
Teoria da Biogênese
Após verificar contradições, entre os séculos XVII e XIX, cientistas como Francesco Redi, Louis Pasteur, dentre outros, apresentaram algumas teorias para comprovar a origem da vida. Essa teoria ficou conhecida como biogênese que comprovou que todos os seres vivos surgiram de outros já preexistentes.
Experimento de Redi
O biólogo italiano Francesco Redi (1625-1697), no século XVII, percebeu que a teoria da abiogênese estava incorreta. Ele realizou a investigação de vermes que nasciam de alimentos podres e cadáveres.
Utilizando frascos para realizar o experimento, adicionou cadáveres de animal e pedaços de carne, alguns ele vedou com gaze e outros deixou aberto. No aberto, as moscas pousavam e surgiam larvas, já o que estava tampado ficou intacto. Isso mostrou que os vermes não nasciam desses elementos, mas de moscas que depositavam seus ovos no local. Assim não nasciam de matéria não viva, como dizia a abiogênese. A partir daí, concluiu-se que os seres vivos surgiam de outros seres vivos.
Experimento de Pasteur
Em 1860, o cientista Louis Pasteur, apresentou um experimento que colocou em descrédito a teoria da abiogênese. Na época, a Academia Francesa de Ciências, estava oferecendo um prêmio para quem provasse a origem dos microorganismos.
Ele adicionou um caldo nutritivo em frascos de vidro com pescoço longo que foram curvados por ele logo depois, deixando-o no formato de pescoço de cisne, apenas com uma pequena entrada de ar.
Após isso, ele ferveu o caldo e deixou em repouso por alguns dias. Ele percebeu que não havia a presença de microorganismos. Mas, quando quebrou os gargalos, notou que rapidamente os microorganismos se instalaram nele.
No primeiro caso, o que impediu a entrada dos microorganismos no caldo foi a curvatura do gargalo, funcionando como um filtro devido as partículas que se instalaram nessa área, durante a fervura. Quando o gargalo foi quebrado, os microorganismos apareceram porque já estavam presentes no ar e não poderia nascer espontaneamente do líquido.
Mas, De Onde Viemos?
Após a comprovação da biogênese por meio de vários experimentos, outra dúvida surgiu: qual a origem dos primeiros seres vivos? Essa pergunta seria respondida mais tarde pelo biólogo inglês Thomas Huxley, e também pelos cientistas Oparin e Haldane.
Teorias Modernas
Para responder a pergunta acima, surgiram teorias sobre a origem dos primeiros seres vivos: a Teoria da Panspermia Cósmica e a Teoria da Evolução Química. Mas, estas não entram em conflito, pois ambas confirmam que houve um processo de evolução molecular, além de condições ambientais favoráveis para o surgimento da vida na Terra.
Teoria da Panspermia Cósmica
Teoria que surgiu na Antiguidade, através do filósofo grego Anaxágoras, mas com um conceito diferente do que existe hoje. Depois, passou por outros pesquisadores até chegar aos cientistas William Thomson, Svante August Arrhenius e Jacob Berzelius que apontaram que o surgimento da vida ocorreu por meio de substâncias que vieram de outros planetas e chegaram à Terra através de meteoros e poeira cósmica.
Apesar de sofrer um certo preconceito por alguns cientistas, ganhou força no século XIX por Hermann von Helmhotz e depois deles, outros continuaram as pesquisas para obtenção de novas provas para a teoria, sendo criada outras linhas de pensamento como a Nova Panspermia e Panspermia Dirigida.
Teoria da Evolução Química ou Molecular
Teoria iniciada pelo biólogo Thomas Huxley e aprofundada posteriormente, em 1920 pelo bioquímico russo Aleksandr I. Oparin e o biólogo inglês John Burdon S. Haldane, defende que a vida surgiu por meio de uma evolução química. Compostos como hidrogênio, carbono, oxigênio, dentre outros, se combinaram e formaram moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, etc.). Com o passar do tempo, essas moléculas se combinaram e formaram outras mais complexas (carboidratos, proteínas, etc.) e continuaram sua evolução até duplicar e formar os primeiros seres vivos. Essa formação foi possível, pois a Terra possuía condições favoráveis à vida. Além deles, cientistas como Stanley Miller e Harold C. Urey também se apoiaram nessa hipótese.
Uma das hipóteses mais aceitas é a de que os primeiros seres vivos eram autotróficos, aqueles que produzem alimentos sem precisar ingerí-los. Um exemplo disso, são as plantas, algas e bactérias; Ao invés de heterotróficos, incapazes de produzir alimento, sendo que precisam de outro ser vivo para sua nutrição, tais como animais, fungos, etc. Estes haviam passado por processos evolutivos de espécies preexistentes, que poderiam sofrer alterações com o passar do tempo.
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